Em Mato Grosso, a pesca esportiva tem gerado uma receita considerável de R$ 500 milhões, com projeções indicando um potencial de crescimento para R$ 2 bilhões nos próximos cinco anos.
São Félix do Araguaia, situada a 1020 km ao Nordeste do estado, destaca-se neste setor, com suas praias fluviais pitorescas e uma economia que vem se diversificando com o sucesso da pesca esportiva, além de suas tradicionais atividades agrícolas e pecuárias.
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A prefeita Janailza Taveira observou um aumento na renda gerada pela pesca esportiva em comparação com as temporadas de praia, destacando também a evolução dos pescadores locais que agora atuam como guias turísticos, elevando o status de São Félix do Araguaia como um destino para a pesca de espécies valorizadas, como a pirara e a piraíba.
Taveira ressaltou a influência positiva da Lei do Transporte Zero na economia local e na sustentabilidade ambiental, com a pesca esportiva substituindo práticas predatórias.
Douglas Aziliero, vice-prefeito de Itaúba, localizada a 580 km ao Norte, enfatizou os benefícios econômicos significativos trazidos pela pesca esportiva para a região, mencionando que a atividade contribuiu com mais de R$ 5 milhões no último ano, impulsionando não só o turismo de pesca mas também atraindo investimentos para outros setores.
Aziliero, um defensor da Lei 12.197/2023 do Transporte Zero, ressaltou a importância econômica e ecológica de manter os peixes vivos nos rios, apoiando a transformação dos pescadores extrativistas em guias turísticos.
Marcos Martins, empresário de Sapezal, iniciou um projeto para incentivar a prática de soltar os peixes após a captura, recompensando os pescadores com equipamentos, enfatizando o valor agregado de um peixe vivo e a importância da pesca responsável para o turismo.
A Lei do Transporte Zero, promulgada em 2023, proíbe o transporte de diversas espécies de peixes para combater a pesca predatória, permitindo atividades sustentáveis como o “pesque e solte” e a pesca profissional artesanal, com exceções para a subsistência de comunidades indígenas e quilombolas.
A lei prevê também compensações financeiras para pescadores afetados pela nova regulamentação, enfatizando a transição para um modelo mais sustentável e lucrativo de pesca.